- CM Dom Pedro 2 CZS
Revolução Acreana
A Revolução Acreana ocorreu entre 6 de agosto de 1902 a 24 de janeiro de 1903, tendo como marca principal a disputa pelo controle dos negócios da borracha.
Entretanto é importante ressaltar também, que essa revolução foi uma série de conflitos de fronteira entre a Bolívia e a Primeira República Brasileira, na região noroeste boliviana (atual estado do Acre). Iniciada em julho de 1899, quando o território é proclamado República do Acre, com Luís Gálvez Rodríguez de Arias, finalizando em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, com anexação da região ao Brasil.
A empreitada era assumida por brasileiros que, cada vez mais, subiam ao nordeste da Amazônia - onde está localizada o atual território acreano, que pertencia à Bolívia.
Ignorando a quantidade de brasileiros na região, o governo boliviano arrendou a área para a empresa privada Bolivian Syndicate em 17 de dezembro de 1901.
O ato gerou revolta dos barões da borracha de Belém e Manaus que passaram a atuar no processo de autonomia política do Acre.
Os mentores do movimento contavam com o auxílio do revolucionário caudilho gaúcho José Plácido de Castro, que formou um exército formado por seringueiros, muitos convocados de maneira compulsória.
José Plácido de Castro inicia o processo de resistência armada em 6 de agosto de 1902, quando suas tropas tomam Xapuri e destituem o intendente boliviano Dom Juan de Dios Barretos. O fim da revolução ocorre em 24 de janeiro de 1903, com a tomada de Puerto Alonso, atual Porto Acre.
Em 17 de novembro daquele ano, fora assinado o tratado de Petrópolis, que estabelecia a nova fronteira e a cedência do território acreano para o Brasil.
Por Eliane Neres
Professora de História do CMDPII/CZS
